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Seu corpo pede água

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Conheça a importância da hidratação adequada para o organismo, do cérebro ao intestino.
O Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março, nos força a pensar em quão imprescindível esse líquido é. “A síntese de todas as substâncias indispensáveis ao organismo ocorre no meio aquoso”, diz Cristiane Lopes, professora de fisiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Reações químicas vitais dependem do equilíbrio de líquidos em circulação e é justamente por isso que, quando o escape hídrico é muito maior do que o ganho, nós adoecemos. Em dias de extremo calor, pode ocorrer fácil, fácil a perda de 3 litros de água, principalmente por meio da transpiração.

Leseira, falta de concentração, dor de cabeça e queda na pressão são as pistas de que o corpo está secando. E, quando ele está prestes a virar um deserto, órgãos vitais podem ficar bem comprometidos.

Agora, ainda que o calorão escancare a necessidade de abusar dos copos, é preciso alertar que o hábito continua importante quando a temperatura baixa. Nos dias mais frios e com falta de umidade, as mucosas ressecam, gerando desconfortos e problemas respiratórios. Daí vêm tosse, irritação no nariz?

“Além de lubrificar as membranas, a hidratação adequada fluidifica secreções e facilita sua eliminação”, diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Isso é importante, por exemplo, diante de gripes e resfriados, quando brônquios e outros ramos da árvore pulmonar acumulam muco, servindo prato cheio às bactérias. Se o trânsito nas vias aéreas emperra, o fornecimento de oxigênio cai e o corpo todo sofre. Veja só quanta confusão uma garrafa d”água sempre por perto ajuda a evitar.

O desbalanço hídrico também mexe com a cabeça. Há evidências de que o desempenho cognitivo e até mesmo o humor fiquem aquém do desejado entre aqueles que não são fãs de água. Faz sentido se pensarmos que neurônio desidratado esmorece. “Estudos indicam uma melhora nas habilidades relacionadas ao estado de atenção quando a ingestão de líquido é satisfatória”, revela a psicóloga Natalie Masento, pesquisadora da Universidade de Reading, na Inglaterra. Já percebeu como uns goles atenuam, mesmo que de leve, a irritabilidade? Só falta a ciência descobrir tim-tim por tim-tim o porquê.

Por falar em humor, uma parcela do bem-estar proporcionado por tomar bastante líquido está ligada ao fato de a hidratação ser peça-chave para um ser humano não viver enfezado. “O intestino funciona melhor se há um consumo de água desejável”, confirma o clínico geral Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Não é preciso esperar manifestações de ordem digestiva ou nervosa para saber que seu corpo clama por água. A pele já dá mostras disso. Como ela guarda muito líquido, logo que surgem sinais de que os níveis estão em declínio, o organismo corre atrás do que está acumulado ali. Daí o recado dos dermatologistas de extrapolar nos copos para deixá-la livre de rugas.

A QUANTIDADE IDEAL DE ÁGUA

Estudiosos sugerem que a ingestão deve ser proporcional ao gasto calórico. Assim, se você dispende 2 mil calorias diárias, deveria tomar 2 litros de água. Acontece que o índice varia de acordo com as exigências de um dia, e essa média nem sempre é aplicada a todo mundo. Quem pratica muito exercício, por exemplo, necessita de hidratação extra. Caso contrário, até o rendimento sai prejudicado.

A atenção também deve ser redobrada no caso de pessoas mais velhas. “É que, com o avançar da idade, o mecanismo de alerta da sede já não é tão eficaz”, explica o clínico geral Paulo Olzon, de São Paulo. Na turma antenada que anda deixando de lado a água por falta de tempo ou hábito, vale uma dica tecnológica: existem dezenas de aplicativos que avisam quando é hora de beber e apontam quanto falta para atingir o objetivo diário, calculado com base no peso.

O ideal é distribuir os copos ao longo do dia e não apostar numa única enxurrada contra a sede – que, às vezes, nem desce bem. Já há indícios, aliás, de que tomar uns goles antes da refeição colaboraria para a manutenção do peso. “Embora ainda não existam fortes evidências, há uma hipótese de que isso promova um aumento na saciedade”, diz o endocrinologista Márcio Mancini, da Faculdade de Medicina da USP.

Fonte: Saúde Abril

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